terça-feira, 19 de abril de 2011

Nada de peles exóticas

Minha mãe fez a saia de pelúcia de esquilo. Minha mãe comprou a blusa, não faço ideia onde. Para completar o look, as amigas Elba e Taysa, anexos das minhas noites. A primeira foi quem fez a trança raíz, a trança da discórdia. A segunda não conseguiu assanhar meu cabelo, a pedido da primeira, porque só pensava em ir pra Madri. Ninguém precisa entender. O foco: a saia.

domingo, 17 de abril de 2011

rosa e cinza


Vestido em cotton rosa e cinza. Attention: Listras horizontais! Gordinhas, não usem isso nem em casa. O cinto é Dakota e as unhas: Vermelho Veludo, um matte da Impala. Minha mãe diria que o batom é "me-beije, me-beije, me-beije". Eu só aconselho ter boca e postura pra usar um desses.

  
Alexandre, com essa cara, ainda me chama de fofa.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

sábado, 9 de abril de 2011

Tamboretes

Não vi o "antes" desses bancos, mas pelo que consta foram comprados bem mal feitinhos. Segundo meu pai, ela passou uns três dias lixando, lixando, lixando pra poder arrumar assim. =P

Vão pra minha cozinha, em breve.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Almofada para Marília, de mar e ilha


Margarida é nome de flor, mas foi uma rosa que ela escolheu fazer. Um presente delicado e super fofo (literalmente) para uma amiga que ela nem conhece. 

Marília (Latché) começou sendo minha professora e acabou me ensinando muito mais que le français. Lembro da primeira lição extra-curricular... Durante um jantar muito agradável (inclusive ao paladar), na casa de um dos nossos colegas de turma, disse, erguendo um copo na altura do rosto, com uma naturalidade inerente a ela: 

- Ser feliz é tão simples. A gente não precisa de nada. Basta querer.

Mais tarde ela foi me deixar na casa das minhas tias e foi embora, deixando aquilo comigo até hoje. Fiquei pensando em ser feliz, com insitência e leveza.


Mais tarde ainda, com nossa convivência, ela me ensinou a liberdade que fala ser dos franceses, mas que ainda acredito ser mais dela que de qualquer cultura. Queira, faça, vá. Il faut se faire violence para tudo. O imperativo para ela é sempre uma sugestão, até na sala de aula. "Façam o exercício número 2 do Ecrir para a nota, ou não." Façam se quiserem. E se não quiserem ou não puderem fazer, não se sintam culpados. Vocês fizeram o que foi possível naquele momento.

Do amor e da fraternidade, como ela me falou... e com ainda mais liberdade. Porque ninguém é de ninguém. E essa individualidade que parece tão física, se expande dentro da cabeça de quem é dono de suas vontades. E todos somos. Resta saber. Ela me disse o que é a sociedade e como ela pesa na gente, assim como o que é a realidade individual, porque o que a gente sente é só nosso.



Que o amor acontece (e transborda em conversa ou poesia), que as relações sociais são só ideias, que não é preciso corresponder sempre às expectativas dos outros, que é preciso abrir as portas, tanto para o que vem, quanto para o que vai embora, Marriliá, m'a dit.

Ela me ensinou poesia sem rima, uma assim... de vida. É tanta coisa que nem cabe aqui. Falta espaço e pertinência para expor.
Talvez até ela nem tenha me ensinado tanto, mas me mostrou os caminhos do aprendizado, como a excelente professora que é, além de mestra na pedagogia da amizade.

Ao se despedir, às vezes ela usa uma expressão bem "da gente", potiguar. "Vou cuidar". Mas agora ela vai cuidar longe, longe. Vai cuidar dela, de Laurent, de Elisa e do bebê que espera.



Talvez volte em três meses, talvez não. E assim como minha mãe gosta dela antes de conhecê-la, já tenho saudades mesmo antes de ela partir, torcendo para que seja muito feliz en France.

E eu tô sempre aqui. Agora, toda marília...

"enchi os olhos de mar". Au revoir.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Mais que vintage

Estampa Cashmere ou Paisley:


Lembro que quando criança tive uma camisola com esse tipo de estampa, em branco e tons de marrom e lilás. Minha mãe quem fez. Eu adorava. Desde então, ela enche a boca pra falar de "cashmere".


O cinto preto trançado, super em alta, foi dela. Anos 80 e usado pouquíssimas vezes. Duas, três vezes, mãe? Deixa que eu aproveito. Obrigada.